[...]

Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; [...] (FERNANDO PESSOA)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tudo isso pra quê?

Nessa vida complicada, aloprada, perplexa, complexa, diferente, difícil (quase sempre), fácil (quase nunca) e inexplicável na maioria das vezes, me vejo em mais um labirinto que eu mesma crio; me ponho a pensar que a vida é fácil até demais, porém nós a complicamos muito e acabamos a tornando em um enigma, e irritados com esse enigma acabamos desistindo de chegar ao fim e matar as charadas que a vida nos apresenta, ou que nós mesmos criamos para dificultar tudo.

A vida que é nossa, particular, privada, etc, acaba se tornando para nós um "compartilhamento", pois no meio de decisões e mais decisões, ao invés de pensarmos em nós, nos preocupamos com os demais, e a vida que era para ser privada, totalmente nossa e particular, acaba se tornando "pública". A vida acaba se tornando um palco, estreando nós como espetáculo, e quando menos esperamos temos que ouvir o público, ou aplaudindo de pé, ou gritando e jogando coisas em cima de nós.

Acontecem diversas coisas na caminhada à morte- por que caminhada à morte? simplesmente porque fazemos um milhão de cursos, nos empenhamos para crescermos em todas as áreas, defendemos opiniões próprias e algumas de certo grupo, lutamos por um sonho, aprendemos a fazer várias coisas, nos obrigamos a gostar de algumas coisas para agradar, nos esforçamos para fazer algo, etc.,e tudo isso para quê? para depois morrer, e tudo isso ir para debaixo da terra- passamos por situações, algumas aplausíveis e outras deprimentes, e além de termos que lembrar de todos os nosso fracassos ainda temos que escutar a platéia julgando-nos, sem nem ao menos pedirmos opiniões; nessa tal caminhada nos apaixonamos, tomamos raiva, amamos, rimos, choramos, atuamos, brincamos, agimos com seriedade, etc., -tudo isso pra quê?- e nos expomos à ridículos.

Bem eu poderia aqui nesta talvez ápice de filosofia, ou pensamentos soltos e loucos (seja lá o que for isso), escrever muito mais, mas não posso perder a minha vida aqui na frente de um computador, mas devo viver, e criar labirintos, desvendar mistérios, matar charadas, me apaixonar, rir, devo viver e complicar a vida, e ao invés de questioná-la, vivê-la, pois é o que devo realmente fazer.


(Khawana Faker)

Um comentário:

  1. Ah esse texto eu nem vou ler, o leitor oficial aqui foi um dos primeiros a ler este texto e dar a dica para o título ^^

    ResponderExcluir