[...]

Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; [...] (FERNANDO PESSOA)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mudanças

Cá estou em mais uma mudança!
Já faz um tempo que não escrevo e nem sei se ainda o faço bem ou razoavelmente, mas vou narrar ainda sem muito saber o que virá! Quero contar-lhes as viradas que Deus tem feito na minha vida.
Como sempre expus, tenho o sonho de me formar em medicina, desde muito cedo me coloco a idealizar meu futuro nessa profissão e quando Deus me fez entender que minha vida e o meu futuro não seriam nada se não O tivessem, decidi pedir a Ele que, apesar de tudo, fosse o centro do meu trabalho, pois queria usar minha formação para serví-lO e torná-lO conhecido entre os povos obedecendo ao seu "ide". No decorrer do meu terceiro ano de vestibular resolvi entregar os meus anseios e os meus sonhos nas mãos daquEle que possui TODO o poder, e diante dEle fiz um propósito de optar por odontologia caso minha nota não atingisse o ideal, mesmo que eu não me alegrasse tanto com essa não-vitória eu cursaria odonto e persistiria até o final do curso em medicina e se ainda assim eu não conseguisse o Senhor me prepararia psicologicamente para atender aos Seus propósitos que com certeza são melhores do que os meus!
Durante o ano persisti em oração e entreguei a Deus os meus sonhos, os meus propósitos, a minha vida, aceitei que Ele tem o melhor pra mim, aprendi muito (espiritualmente falando), tive diversas conversas íntimas e surpreendentes com Ele, me rendi e então Ele escreve a minha história diferente da que eu pedia, diferente da que eu sonhava, porém creio que MELHOR do que eu esperava, é... passei pra odonto e dia cinco de Março inicio meu curso na UFF, não sei o que Deus pretende, não sei o que Ele vai fazer, mas de uma coisa eu sei: Ele é por mim e quando a história é escrita pelo dedo de Deus, é a história mais LINDA, pode acreditar!
Morarei em uma república lá em Niterói, viverei uma vida bem diferente da que vivo aqui em Saquarema, mas creio que não me faltará a graça e a misericórdia do meu Senhor que é por mim!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Uma vida de incertezas

Há quem diga que para se alcançar algo não se pode viver de incertezas ou de dúvidas, mas em que mundo essas pessoas vivem que não haja insegurança nas decisões, que não se pense horas antes de dormir para se ter exatidão de que a escolha certa será tomada? E se as incertezas não existissem não haveria opções certas e erradas, seriam ou apenas certas (quem dera-nos), ou apenas erradas. E então não conheceríamos o frio na barriga, a persistência no pensar, a dúvida que cessa quando tudo dá errado ou quando tudo dá certo (aí é melhor), viveríamos como robôs agindo automaticamente, tendo sempre as mesmas reações e vivendo uma vida sem graça. Se não houvesse esse “mal que vem para o bem” nunca pensaríamos em desistir e as coisas seriam mais fáceis. Não sentiríamos a tão terrível ansiedade que nos dá náuseas como se estivéssemos embarcados e sem nenhuma terra à vista. Não teríamos a sensação de se estar flutuando e incapaz de alcançar o chão. Não nos surpreenderíamos com escolhas inusitadas, tudo seria igual, tudo seria clichê, palavras vazias, sentimentos vazios, sempre à espera do esperado. Por isso eu, mesmo que sofra com toda ansiedade e indecisão, prefiro esperar o inesperado, ver no que vai dar, me surpreender, talvez chorar, mas talvez sorrir!

Ops, viajei!

Ponho-me a pensar em uma única coisa, porém neste mesmo momento sou contrariada por minha mente que me lança meses, anos luz de onde estou. Estava apenas no quarto á frente do computador a imaginar palavras que pudessem agrupar-se em um texto genial, porém minha mente me transporta para outros lugares e apenas com os dedos ao teclado tenho a possibilidade de visitar reinos distantes, países afastados, planetas desconhecidos, meu próprio mundo, lá posso ser a mocinha, a vilã, a pobrezinha, a multimilionária, a empregada, a capitã, a pirata, a princesa, a plebeia . Porém quando olho para o lado, não vejo nada além de uma solidão assustadora e o eco da televisão da sala; parece-me que em meu mundo de palavras e contos sou menos solitária e mais experiente, pois lá sei vencer gigantes, ou dragões que sejam, sou apaixonada por um príncipe, vivo uma vida agitada e até mesmo viajo explorando os sete mares, mas quando lá estou, sinto saudades da vida pacata de uma menina mulher que nada faz além de pensar, imaginar e estudar.

O que eu realmente quero

Não quero alguém aos meus pés, não que isso não seja bom, mas quero alguém que me olhe nos olhos.
Não quero um príncipe encantado, um cara perfeito, quero me apaixonar por seus defeitos e enxergar neles suas qualidades.
Não sonho com um conto de fadas, com a história de um filme, com um livro que eu li, sonho em viver um amor real, nada efêmero e repleto de falhas.
Não quero muito, quero pouco, quero sorrir, e chorar e sorrir.
Não espero declarações quilométricas, almejo um simples e sincero “eu te amo”.
Não quero o impossível, não quero o imaginário, quero o real, o palpável.
Não quero que morra de amores por mim, quero apenas que me ame, me ame chata, me ame despenteada, me ame desarrumada, me ame lavando louça, me ame suja, me ame pela manhã, me ame ao entardecer, me ame ocupada, me ame desesperada, simplesmente me ame, e isso é o que eu realmente quero!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Que geração é a sua?

Queria saber escrever-lhes com miudezas de palavras e com todo o esplendor de um Vinicius de Moraes.
Ou mesmo que podre e estranho impactá-los como clarice lispector (minúsculas propositais).
Ser um Drommond, ou um Manuel Bandeira, ou um Mário Quintana...
Um Fernando Sabino quem sabe!
Mas talvez Deus não queira me dar o dom da escrita, assim como não o deu para ninguém dessa minha geração que não faz e não sabe fazer história!
Não há nada de novo que seja melhor do que a antiga porém maravilhosa MPB, bossa nova, samba.
Os poemas que traduziam em sua perfeita subjetividade o exílio, os problemas sociais, etc.
As vezes penso ter nascido na década errada!
Como eu queria ter desfrutado de todo aquele encanto, onde o amor não era fútil, homens eram românticos e galanteadores... tudo era diferente.
E hoje apenas peço que alguma coisa aconteça e me faça sentir orgulho da minha geração!

Anh?

Ah sei lá!
Não sei o que me espera, não sei o que devo ou não falar, não sei como agir e olhar nos olhos é difícil pra mim. Não consigo simplesmente mergulhar de cabeça, antes eu analiso tudo.
Eu faço de tudo para não errar, mas agora, nesse exato momento, algo me diz que nesse tempo todo em que busquei não errar, eu errei.
Me afastei do que era incerto e não intensifiquei nada!
E agora parece que já sou "velha" demais pra tentar mudar tudo isso, além do mais, faz parte da minha personalidade, do meu jeito.
E eu fico aqui procurando soluções, pensando, pensando... escrevendo, apagando...
Ah sei lá!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eu quero resposta

E eu tento me encontrar em um mar de confusões, em um choque de personalidades, em uma ápice poética, em um facho de luz, em uma onda pequena, em um abraço apertado, entre uma lágrima e outra, em um momento de raiva, em um sorriso insinuante, em um guardado antigo, em uma foto, nos meus textos, nas minhas saudades, na minha família, nos meus amigos...
Mas, por que é tão difícil saber quem eu sou ou o que eu sou?
Eu sou fogo, mas também água, sou sol, mas também chuva, sou beijo, sou tapa, sou sorriso, sou lágrima, sou eu e as vezes você, sou um pouco de um todo, sou um todo de um pouco, sou insana, intelectual, ignorante, estudiosa, sou céu, sou mar, quem sou?
Mais uma em um milhão ou um milhão em mais uma?
E eu quero entender as questões que me aparecem, as loucuras que escrevo, que dúvidas são essas?
Por que tantas interrogações?
Eu só almejo me conhecer, será possível? - Opa, mais uma pergunta!