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Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; [...] (FERNANDO PESSOA)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Encobertar a tristeza

Não sei dizer se o ciúmes é a melhor palavra, ou se é a raiva que já está me corroendo por dentro. Será que é tão difícil assim ser uma pessoa viva e ter uma vida? Parece idiota e parece muito infantil, pra quem sabe o que se passa; mas para mim faz mais sentido do que ter gravidade na terra!
Será que é tão difícil eu me aproximar ao normal da vida e viver como todos os outros? Ou será que todos vivem essa vida penosa e sofrida, e apenas dissimulam tal normalidade que me enche os olhos de uma tal forma a me deixar oprimida?
Penso que talvez apenas eu demonstre a tristeza de uma forma mais intensa e real; acho que o segredo está em disfarçar, maquiar, esconder a tristeza e dar a ela tons de alegria e felicidade extrema. Mas será que é isso que devo fazer? Colocar mais blush, delineador, sombra, rimel, etc - passar corretivo na olheiras da vida e me tornar a pessoa mais feliz desse mundo?
Oh que pensamento patético, que forma horrenda de se expressar, expressão sem caráter, sem vida, sem cor, sem alegria.
...
E o que me falta até na hora de escrever é a tal alegria, que posso inventá-la no meu rosto, nas minhas falas, no meu sorriso, no meu parecer, mas não a consigo infiltrar em meus pensamentos e "textos", se é que isso pode ser chamado de texto né?
Neste final sem fim, vou saindo e me despedindo dos meus poucos leitores que acho que não têm nem mais ânimo para ler meus posts depressivos!

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