E eu tento me encontrar em um mar de confusões, em um choque de personalidades, em uma ápice poética, em um facho de luz, em uma onda pequena, em um abraço apertado, entre uma lágrima e outra, em um momento de raiva, em um sorriso insinuante, em um guardado antigo, em uma foto, nos meus textos, nas minhas saudades, na minha família, nos meus amigos...
Mas, por que é tão difícil saber quem eu sou ou o que eu sou?
Eu sou fogo, mas também água, sou sol, mas também chuva, sou beijo, sou tapa, sou sorriso, sou lágrima, sou eu e as vezes você, sou um pouco de um todo, sou um todo de um pouco, sou insana, intelectual, ignorante, estudiosa, sou céu, sou mar, quem sou?
Mais uma em um milhão ou um milhão em mais uma?
E eu quero entender as questões que me aparecem, as loucuras que escrevo, que dúvidas são essas?
Por que tantas interrogações?
Eu só almejo me conhecer, será possível? - Opa, mais uma pergunta!
[...]
Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; [...] (FERNANDO PESSOA)
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Meu corpo pede metamorfose
Eu nunca sei por onde começar nada, talvez por isso que eu nunca tenha começado muitas coisas. É esse meu medo de inovar, de errar, de me decepcionar e de me arrepender que me impede.
Tenho medo de sair do padrão de vida que meus pais, eu e os outros estão acostumados a me ver vivendo.
Tenho receio de entristecer aqueles que esperam tanto de mim.
Tenho medo de arriscar um modelo diferente de vestido, um tubinho curto, um batom vermelho, um corte moderno, um ficante, uma unha vermelha, uma requebrada, uma fugidinha, um momento, um namorado, um abraço, um beijo, uma piscada, um emprego, uma profissão além da medicina...
Tenho fobia de mudanças e de pensar o que elas trarão consigo ou o que levarão.
Talvez por isso eu seja a mesma menininha de sempre, com os mesmo sonhos, os mesmo ideais, as mesmas gírias, as mesmas aventuras, os mesmos amigos, os mesmos beijos, os mesmos cheiros...
E eu queria mudar, queria arriscar, deixar a adrenalina correr solta, fazer coisas diferentes e se não desse certo ao menos eu teria tentado.
Medo, apreensão, fobia vão embora por favor!
Tenho medo de sair do padrão de vida que meus pais, eu e os outros estão acostumados a me ver vivendo.
Tenho receio de entristecer aqueles que esperam tanto de mim.
Tenho medo de arriscar um modelo diferente de vestido, um tubinho curto, um batom vermelho, um corte moderno, um ficante, uma unha vermelha, uma requebrada, uma fugidinha, um momento, um namorado, um abraço, um beijo, uma piscada, um emprego, uma profissão além da medicina...
Tenho fobia de mudanças e de pensar o que elas trarão consigo ou o que levarão.
Talvez por isso eu seja a mesma menininha de sempre, com os mesmo sonhos, os mesmo ideais, as mesmas gírias, as mesmas aventuras, os mesmos amigos, os mesmos beijos, os mesmos cheiros...
E eu queria mudar, queria arriscar, deixar a adrenalina correr solta, fazer coisas diferentes e se não desse certo ao menos eu teria tentado.
Medo, apreensão, fobia vão embora por favor!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Eu queria saber voar

"Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
(...)
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !" (fragmento; Casimiro de Abreu - Meus oito anos)
E eu me lembro que eu só queria saber voar, subir nas árvores, comer fruta do pé, correr até a praia, nadar o dia todo, andar de bicicleta, ralar mais o joelho, ter uma casa na árvore, um mercado imaginário no meio do mato, pescar um tubarão na lagoa que tinha atrás da minha casa, curar a dor de garganta com vários Megas e Cornettos, ir à praia todo dia, deixar o dente cair sozinho, ganhar presente do Papai Noel, ser ouvida por uma estrela Cadente e então ganhar o meu tão pedido caminhão de chocolate, conversar com a Targa (cachorra Fila Alemã que me acompanhou dos 2 aos 11 anos)...
E agora eu queria ter esses mesmos desejos, as mesmas preocupações!
Queria voltar ao tempo em que a malícia era nula, a inocência abundava, a ingenuidade reinava e a simplicidade fazia parte de mim.
E poderia então voltar àquele tempo que minha vida não passava de um mundo encantado, um conto de fadas, onde tudo que eu queria era tão fácil conquistar, e se não fosse a imaginação fazia por mim, e então satisfeita eu estava.
Ah que saudade que tenho da época que para voar bastava fechar os olhos!
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