Ainda lembro daqueles olhos grandes e redondos a me observar. Tenho na memória as imagens mais belas, e claro, as mais catastróficas também.
Mas a tinha como minha bonequinha de porcelana, meu brinquedinho. Cuidava dela, fazia pão com Nescau, salada de tomate, sanduíche de arroz entre outras guloseimas bem interessantes assim como as anteriormente citadas.
E ela começou a crescer e de bonequinha passou a ser minha amiga, demorou bastante, mas aconteceu.
Aprendi a ler sua mente, decifrar seus enigmas, chorar suas lágrimas, sorrir seus sorrisos, eternizar seus abraços, intensificar seus carinhos; ah querida irmã aprendi que dava não apenas para sermos amigas, mas irmãs e mãe e filha também.
Cultivei por você um sentimento diferente, passei a te amar como se fosses minha filha sem mesmo precisar de dar-te a luz.
Ah querida, e como eu amo entender-te, participar da tua vida, ter ciúmes das coisas mais bobas, estender minhas asas sobre você e te proteger do mundo lá de fora.
És o meu bebê. Ah linda menina, não cresça mais, fique para sempre ao meu lado, o mundo lá de fora é muito perigoso.
Sei que já cresceste e não como reverter. Mas...
Não, não cresça linda menina! Eu amo você.
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