[...]

Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; [...] (FERNANDO PESSOA)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Que geração é a sua?

Queria saber escrever-lhes com miudezas de palavras e com todo o esplendor de um Vinicius de Moraes.
Ou mesmo que podre e estranho impactá-los como clarice lispector (minúsculas propositais).
Ser um Drommond, ou um Manuel Bandeira, ou um Mário Quintana...
Um Fernando Sabino quem sabe!
Mas talvez Deus não queira me dar o dom da escrita, assim como não o deu para ninguém dessa minha geração que não faz e não sabe fazer história!
Não há nada de novo que seja melhor do que a antiga porém maravilhosa MPB, bossa nova, samba.
Os poemas que traduziam em sua perfeita subjetividade o exílio, os problemas sociais, etc.
As vezes penso ter nascido na década errada!
Como eu queria ter desfrutado de todo aquele encanto, onde o amor não era fútil, homens eram românticos e galanteadores... tudo era diferente.
E hoje apenas peço que alguma coisa aconteça e me faça sentir orgulho da minha geração!

Anh?

Ah sei lá!
Não sei o que me espera, não sei o que devo ou não falar, não sei como agir e olhar nos olhos é difícil pra mim. Não consigo simplesmente mergulhar de cabeça, antes eu analiso tudo.
Eu faço de tudo para não errar, mas agora, nesse exato momento, algo me diz que nesse tempo todo em que busquei não errar, eu errei.
Me afastei do que era incerto e não intensifiquei nada!
E agora parece que já sou "velha" demais pra tentar mudar tudo isso, além do mais, faz parte da minha personalidade, do meu jeito.
E eu fico aqui procurando soluções, pensando, pensando... escrevendo, apagando...
Ah sei lá!